quarta-feira, 19 de outubro de 2011

CINEMA: The Woman



The Woman é um filme de terror de 2011. Conta a história de uma mulher (Pollyanna McIntosh) que, após sobreviver ao massacre de todos os membros de um clã religioso, passa a viver como uma selvagem no mato. Quando o advogado Chris Cleek (Sean Bridgers) a encontra, resolve tomá-la como seu "projeto". Ele a captura, prende-a no porão e decide tentar "domesticá-la" e "civilizá-la". Para isso conta com a ajuda de sua família. A esposa Belle (Angela Bettis, conhecida pelos fãs do gênero pelo ótimo May; o remake desnecessário de Carrie, a Estranha e uma recente participação no seriado Dexter) é contra a idéia mas, oprimida pelo marido, é forçada a ajudá-lo. Seus três filhos também participam. O adolescente Brian (Zach Rand) desenvolve interesse sexual pela mulher. O filme chocou audiências principalmente pela brutalidade do misógino pai de família, que demonstra completo desprezo pelas mulheres e trata a esposa, a filha Peggy (Lauren Ashley Carter) e a mulher selvagem com frieza e violência. Deixando de lado as questões feministas, é um excelente filme de terror, mas não recomendado para quem tem estômago fraco.
The Woman não tem previsão de lançamento no Brasil, mas já se encontra disponível para download na internet em DVDRIP e BluRayRIP.

domingo, 9 de outubro de 2011

CINEMA: Melancolia (Melancholia)



Essa é minha crítica ao filme Melancolia, do diretor Lars von Trier.

Não me interessa o que o diretor Lars von Trier diz ou faz em sua vida pessoal, nada disso afeta sua capacidade de fazer um bom filme. Se, ao fazer comentários nazistas no festival de Cannes, a intenção do diretor era chocar e chamar atenção para o filme, ele conseguiu, mas sem necessidade. Melancolia é impactante por si só.
Melancolia trata de temas delicados: depressão, a própria melancolia do título e as sensações controversas que os seres humanos experimentam quando sentem a morte se aproximando. Esses temas são tratados de maneira crua, sem excesso de melodrama. Os atores estão em sintonia e são todos muito competentes. A Kristen Dunst, que interpreta Justine, me surpreendeu. Entre seus trabalhos que já vi constam As Apimentadas (Bring It On) e os filmes do Homem Aranha. Ainda não vi muitos de seus filmes mais sérios (como Maria Antonieta), logo me surpreendi com sua atuação. Ela mereceu o prêmio de melhor atriz que recebeu em Cannes. O constante estado de abatimento de Justine chega a ser incômodo. Aliás, os atores principais em geral estão impecáveis. Destaque para Charlotte Rampling e Charlotte Gainsbourg, que interpretam respectivamente a mãe e a irmã de Justine. Gabby (Rampling) é cínica e perdeu a fé na instituição do casamento (seu breve e incômodo discurso durante a cerimônia é maravilhoso). Claire (Gainsbourg), está apavorada com a possibilidade do planeta Melancholia se chocar com a terra, causando o fim do mundo.
Melancolia é completamente diferente de Anticristo, o último longa do diretor. Mas ambos os filmes merecem ser vistos, discutidos e analisados.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Hipocrisia define viu...



Ridículo essas pessoas dizendo que The Playboy Club era um seriado "degradante" para as mulheres e que o seu cancelamento foi "uma vitória para o feminismo". Assisti os três episódios que foram ao ar e gostei muito, as tramas eram interessantes e os atores competentes. As "coelhinhas" não eram mostradas como vagabundas ou prostitutas, mas sim mulheres que tinham sonhos, histórias de vida, passavam por dificuldades. Os uniformes que elas usavam eram sensuais, mas não sexuais, só mostravam as pernas das garotas e podem ser considerados pudicos para os padrões de hoje. Os valores mostrados eram os valores daquela época (os anos 60), machistas e preconceituosos, sim, mas era como a maioria das pessoas pensava e, infelizmente, muitas ainda pensam assim até hoje. A hipocrisia das pessoas, especialmente os americanos, é palpável. Falso moralismo já existia naquela época e ainda é gritante nos dias de hoje, infelizmente.