segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Na expectativa por AMERICAN MARY

Meu primeiro post em MUITO tempo... realmente andei desmotivado para escrever ultimamente mas vou fazer o possível para postar aqui diariamente ou pelo menos a cada dois dias.

Já falei aqui no blog do filme Dead Hooker In a Trunk (2009), das irmãs gêmeas canadenses Jen e Sylvia Soska. Escrito, dirigido, estrelado e acima de tudo financiado por elas próprias, Dead Hooker é uma divertidíssima homenagem aos filmes de terror de baixo orçamento e foi inspirado pelo projeto Grindhouse, de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. Agora, as irmãs estão de volta com um novo projeto chamado AMERICAN MARY.



Estrelado pela fantástica Katharine Isabelle (da trilogia de filmes de terror Possuída), American Mary é a estória de uma estudante de medicina chamada Mary Mason que, cada vez mais sem dinheiro e desencantada com os profissionais que admirava, aceita performar cirurgias de modificação corporal (como dividir a língua de uma mulher em dois, implantar dois chifrinhos de diabo sob a pele de um homem e operar uma mulher que já fez diversas cirurgias para se assemelhar a uma boneca Barbie para que ela fique anatomicamente correta). O novo emprego de Mary lhe garante dinheiro fácil e respeito e admiração (e um certo pavor) por parte de seus clientes, algo que ela sempre desejou merecer de seus superiores na escola de medicina. Mas ela logo descobre que mais marcas estão sendo deixadas em seu psicológico do que nos corpos de seus clientes.



Enquanto Dead Hooker In a Trunk foi inspirado por filmes de terror thrash de baixo orçamento, American Mary é, segundo as gêmeas Soska, "uma carta de amor aos filmes de terror europeus e asiáticos". Quem já viu garante que o filme é sombrio, mas com toques de humor negro, e que apesar de lidar com cirurgias pouco ortodoxas, o filme tem muito mais a oferecer do que sangue e corpos mutilados. Também foi descrito como verdadeiramente original, especialmente em uma era em que 90% dos filmes de terror lançados são remakes e/ou sequências. Além do filme em sim, as atuações estão sendo bastante elogiadas, em especial a de Katharine Isabelle como a protagonista e Tristan Risk como Beatress, uma mulher que passou por diversas cirurgias para ficar igual a personagem Betty Boop.



American Mary teve sua estréia no Festival de Cannes e atualmente está sendo exibido em festivais através do mundo. A Universal Pictures adquiriu os direitos do filme e deve lançá-lo internacionalmente no início do ano que vem. Para aqueles que, como eu, mal se aguentam de ansiedade de assistir a esse filme, só nos resta aguardar. Confiram abaixo o trailer:


segunda-feira, 18 de junho de 2012

TELEVISÃO: The Client List

Em primeiro lugar, eu sei que faz muito tempo que não atualizo o blog. Falta de tempo é o principal motivo, mas também quase ninguém lê essa birosca e eu confesso que andei desmotivado a mexer aqui.

Mas vamos seguir em frente com uma nova resenha, dessa vez da série The Client List. Ontem (domingo, 17 de junho) foi exibido o último episódio da primeira temporada e eis o saldo final (na minha opinião).



Eu já havia mencionado The Client List aqui no blog. Começou como um telefilme produzido e exibido pela emissora Lifetime em 2010, estrelado pela Jennifer Love Hewitt. O sucesso de audiência levou o canal a produzir uma série baseada no filme, também estrelada por Hewitt e com trama parecida. Riley Parks (Hewitt, que além de atuar também é produtora executiva e dirigiu o episódio final da primeira temporada) fica devastada ao ser abandonada pelo marido (no filme ele havia apenas perdido o emprego, mas não abandonava a família). Para garantir o sustento dos filhos, ela passa a trabalhar em uma casa de massagens. Acontece que o estabelecimento possui uma "lista de clientes" seletos que pagam caro por alguns serviços extras, e as garotas que querem faturar uma grana a mais acabam tendo que "agradá-los". Desesperada por dinheiro, Riley acaba cedendo e entra para o time de garotas que atendem os clientes da lista.

Com raras exceções como a excelente série Drop Dead Diva (que eu também já mencionei aqui no blog), a emissora americana Lifetime é conhecida por produzir filmes de drama exageradamente açucarados. De fato, The Client List por vezes escorrega no excesso de melodrama, mas tirando isso é possível assistir a série sem preconceitos. As tramas são interessantes e o expectador acaba sentindo carinho pelas personagens (bom, quase todas). Há ainda o fator eye candy: A audiência pode escolher entre se deliciar com Jennifer Love Hewitt em uma quantidade variada de lingeries ou os homens que passam por sua mesa de massagem (aparentemente, todos os homens da "lista de clientes" saíram direto de um catálogo da Calvin Klein). Apesar da polêmica (a Associação de Massoterapeutas classificou a série como degradante, entre outros adjetivos piores) o público parece ter aprovado. A série tem dado boa audiência e já foi prontamente renovada para uma segunda temporada.

domingo, 15 de abril de 2012

CINEMA: Hysteria


Essa deliciosa comédia romântica britânica conta a verdadeira história da invenção do vibrador, no século XIX! Mortimer Granville (Hugh Dancy, excelente) é um médico frustrado com a mentalidade atrasada de seus colegas de profissão na Londres de 1880. Ele acaba conseguindo um emprego como assistente do Dr. Robert Dalrymple (Jonathan Pryce), especializado em tratar histeria feminina. O método do doutor Dalrymple consiste em massagear com o dedo a vulva de suas pacientes, o que as relaxa e alivia suas tensões. Mas Granville logo percebe que tratar todas as suas pacientes (e são muitas) utilizando as mãos é cansativo e doloroso, assim ele e um amigo aficionado por tecnologia e invenções acabam criando um dispositivo eletrônico para este fim. Nasce assim o primeiro vibrador! Apesar do tema, Hysteria não é um filme vulgar, mas sim charmoso e genuinamente divertido. Maggie Gyllenhaal brilha como uma mulher que luta pelos direitos dos menos favorecidos e principalmente pela emancipação das mulheres. Lançado em 2011, Hysteria ainda não tem previsão de estréia no Brasil.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Seriados que você deveria estar acompanhando - Parte II

SMASH



Produzida por Steven Spielberg, essa série criada por Theresa Rebeck aborda a criação de um musical sobre a vida de Marilyn Monroe. Mas entre os problemas da produtora Eileen (Angelica Houston) com seu futuro ex-marido, a complicada vida amorosa da co-autora Julia (Debra Messing), e o relacionamento conturbado entre o intratável diretor Derek (Jack Davenport) e a sensível estrela Ivy (Megan Hilty), não será uma tarefa fácil. Por ser uma série musical, as comparações com Glee são inevitáveis. Mas enquanto Glee lida com os problemas de adolescentes tentando sobreviver ao ensino médio, Smash lida com adultos e seus problemas - pessoais e profissionais - e com toda a insegurança, mesquinharia e egocentrismo que envenenam a produção de um espetáculo teatral. Outra diferença é que 90% dos números musicais são composições originais, embora de vez enquando rolem versões de músicas populares como Beautiful (Christina Aguilera) Rumour Has It (Adele) e Shake It Out (Florence + The Machine). Inicialmente temos duas candidatas a Marilyn: Karen (Katharine McPhee, finalista do American Idol) é uma garota do interior que quer ser uma estrela. Katharine é certamente carismática e tem uma bela voz, mas quem rouba a cena em um elenco de estrelas é Megan Hilty (a problemática Ivy). Quando Ivy sobe ao palco ela literalmente se transforma em Marilyn, incorporando a mulher sensual, insegura, ingênua mas muito esperta que conquistou Hollywood. Além disso, Megan canta muitíssimo bem, e sua voz é mais versátil que a de Katharine, funcionando melhor na Broadway. Uma segunda temporada foi garantida, para a alegria dos fãs (como eu).



DROP DEAD DIVA



Essa divertida série cuja quarta temporada estréia ainda esse ano conta a estória de Deb (Brooke D'Orsay) modelo fútil que morre em um acidente de carro e ressucita no corpo de Jane (Brooke Elliott), uma advogada gordinha mas inteligentíssima. Jane precisa se acostumar com sua nova vida, com ajuda de sua melhor amiga Stacy (April Bowbly) e seu anjo da guarda (literalmente) Fred (Ben Fieldman). Mas ela ainda tem que lidar com o fato de Grayson (Jackson Hurst), o noivo de Deb, passa a trabalhar na mesma firma de advocacia que ela. Margaret Cho (uma das minhas comediantes favoritas) dá um show como Teri, a desbocada assistente de Jane.



NEW GIRL



Jess (Zooey Deschanel) é uma garota ingênua e eterna otimista, que após ser dispensada pelo namorado acaba dividindo um apartamento com três marmanjos. A convivência entre os quatro é repleta de confusões, mas no fim eles realmente se importam uns com os outros e a verdadeira amizade segura essa relação estranha. Max Greenfield se destaca como Schmidt, um mulherengo um tanto abobado. Sitcom genuinamente divertida que vale a pena conferir.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Vem aí... The Devil's Carnival!




Já falei aqui no blog de Repo! The Genetic Opera. Esse musical que infelizmente é muito pouco valorizado é uma criação de Terrance Zdunich e Darren Smith, e o diretor Darren Lynn Bousman dirigiu tanto a peça de teatro quanto o filme baseado nesta e que foi lançado em 2008. Agora Zdunich e Bousman se reuniram para o que promete ser mais uma incrível colaboração musical: The Devil's Carnival! Esse curta de 45 metragem estreará mês que vem nos cinemas com lançamento limitado, e depois a equipe percorrerá os EUA em uma "road tour" para promover o filme (fizeram a mesma coisa com Repo!). Não se sabe muito sobre a estória de The Devil's Carnival, apenas que a narrativa se passa em um circo no Inferno comandado pelo Diabo! E é lá que vão parar três pecadores: uma cleptomaníaca, um pai obssessivo e uma adolescente magoada. Além de alguns atores de Repo! (Alexa Vega, Paul Sorvino, Ogre, Bill Moseley e o próprio Zdunich) o elenco conta ainda com Emillie Autumn, Sean Patrick Flanery, Shawn Crahan (Clown, da banda Slipknot) entre outros.
A divulgação do filme começou em fevereiro, quando foi lançado um teaser de 12 minutos com a personagem Painted Doll (Emillie Autumn). Em seguida veio um teaser trailer apresentando o elenco. Também foram lançados posters individuais de cada uma das personagens.





Hoje (16 de março) foi finalmente lançado o trailer oficial do filme, em que podemos ter uma melhor idéia da estória, aém de ouvir pequenos trechos de algumas músicas!



Vem aí mais uma experiência incrível!

UPDATE (24/03): Foi liberada há dois dias na internet uma cena do filme, em que Jessica Lowndes e Terrance Zdunich cantam In All My Dreams I Drown

sábado, 10 de março de 2012

A polêmica em torno de The Client List



Em 2010, a atriz Jennifer Love Hewitt (Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado e a série Ghost Whisperer) estrelou um filme para o canal Lifetime chamado The Client List. O filme contava a estória de uma mulher cuja família passa por dificuldades financeiras e que acaba indo trabalhar em uma casa de massagens que oferece outros tipos de agrados a seus clientes. O filme foi um sucesso de audiência e a Lifetime encomendou um seriado baseado nele, que deve estrear em Abril deste ano. Acontece que a Associação de Massoterapeutas quer impedir que a série seja exibida, alegando que degrine a imagem das massagistas licenciadas. Uma tremenda bobagem, afinal de contas diversos filmes e séries já mostraram políticos, médicos e profissionais de outras áreas em situações que definirei aqui como politicamente incorretas, e cabe ao público ter o bom senso de saber separar ficção de realidade e principalmente compreender que nem todos os profissionais se comportam dessa maneira, existem profissionais sérios que realmente respeitam sua profissão. É o mesmo caso das massagistas, claro que a maioria delas cumpre sua função "como manda o figurino", sem qualquer contato sexual com seus clientes, mas é de conhecimento geral que existem diversas casas de massagem que oferecem mais do que uma simples massagem a seus clientes. Não é fazendo campanha contra uma série de ficção que as massagistas vão conseguir serem mais respeitadas como profissionais. Pessoalmente eu adoro a Jennifer Love Hewitt, gostei do filme e estou ancioso para assistir a série, e isso não faz de mim um pervertido que acha que todas as massagistas são prostitutas.

segunda-feira, 5 de março de 2012

TELEVISÃO: GCB



Baseada no livro de Kim Gatlin, GCB é uma série criada por Robert Harling e produzida por Darren Star, criador de Sex And The City. Inicialmente se chamaria Good Christian Bitches, mas para evitar polêmica o título foi mudado para Good Christian Belles até que por fim ficou apenas GCB. A série conta a estória de Amanda, que nos tempos de colegial na cidade de Dallas era uma típica menina malvada. Anos depois, o marido de Amanda deu um golpe milionário em diversas instituições e durante sua tentativa de fuga acabou morrendo, deixando Amanda completamente falida. Ela acaba tendo que voltar para sua cidade natal, e lá descobre que as garotas que um dia ela atormentou, embora preguem os bons valores cristãos, não parecem muito dispostas a perdoá-la. O piloto da série é bastante engraçado e o elenco conta com a maravilhosa Kristin Chenoweth como a nova "abelha rainha" da cidade de Dallas e a mais disposta a fazer da vida de Amanda um inferno. O enredo lembra bastante o filme Meninas Malvadas, mas agora as protagonistas são mulheres adultas do Sul dos Estados Unidos que escondem sua cretinice atrás de uma cortina de falso moralismo. Vale a pena conferir.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

CINEMA: Sete Dias com Marilyn (My Week With Marilyn)



Sete Dias com Marilyn é baseado nas memórias de Colin Clark, que em 1957 conseguiu um trabalho como assistente de direção no filme The Prince and The Showgirl, estrelado por Marilyn Monroe. Colin logo tornou-se amigo, confidente e amante de Marilyn, cujo então marido, o escritor Arthur Miller, afastara-se temporariamente, desgastado pelo furacão que era Marilyn. Ela era uma mulher ingênua e insegura, mas perfeitamente ciente de seu poder de sedução. Risonha e faceira, era também melancólica e problemática. Todas essas facetas foram perfeitamente incorporadas por Michelle Williams, que fisicamente não possui muita semelhança com a verdadeira Marilyn, mas compensa isso com uma atuação impecável. Todos os atores estavam incríveis, especialmente Kenneth Branagh, o protagonista de The Prince and the Showgirl ao lado de Marilyn que quase entra em colapso tentando trabalhar com ela. Marilyn,uma atriz metódica, costumava chegar horas atrasada nos sets enquanto se preparava e se recusava a trabalhar se não acreditasse na personagem que interpretava. Judi Dench também dá um show como a atriz veterana Sybil Thorndike e Eddie Redmayne dá vida a Colin Clark que, assim como todos, fica fascinado por Marilyn, mas ao contrário da maioria das pessoas que a cercavam, genuinamente se importava com ela e só queria o seu bem. Emma Watson faz uma pequena participação, mas é o suficiente para mostrar que tem um futuro promissor com o fim da saga Harry Potter.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CINEMA: A Mulher de Preto (The Woman In Black)



A Mulher de Preto é o primeiro filme de Daniel Radcliffe após o fim da saga Harry Potter. O filme se passa no início do século XX e Radcliffe interpreta Arthur Kipps, um jovem advogado que viaja até uma pequena aldeia para lidar com a venda de uma antiga casa abandonada, e lá entra em contato com um poder sobrenatural que irá causar grandes tragédias. Em primeiro lugar, gostaria de comentar que Daniel Radcliffe é MUITO jovem para esse papel, nas cenas em que Arthur está com seu filho, ele mais parece o irmão mais velho do garotinho. Mas ele interpreta o personagem com competência, apesar de nem sempre conseguir expressar a carga dramática necessária em certas cenas. Ele certamente evoluiu como ator, mas ainda pode melhorar bastante. O ponto alto do filme é o capricho na produção dos figurinos, maquiagem e principalmente dos cenários, muito importante para dar o tom sombrio à estória. O destaque vai para a casa aonde a ação principal se desenvolve, que poderia ter saído diretamente de um conto de Edgar Allan Poe. Visualmente, é um belo filme, e possui boas cenas de suspense e terror. Sustos e arrepios garantidos.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

CINEMA: A Guerra Está Declarada (La Guerre est Déclarée)



A Guerra Está Declarada é um drama francês de 2011 escrito por Valérie Donzelli e Jérémie Elkaïm e dirigido por Valérie (o filme é baseado na história real dela). Jerémie e Valérie também protagonizam o filme. Eles vivem dois jovens que se conhecem em uma festa e acham graça do fato de se chamarem Roméo e Juliette (Romeu e Julieta), e brincam que terão um destino trágico. Eles se apaixonam, se casam e tem um filho chamado Adam, mas logo percebem que algo está errado com o bebê. Adam tem um tumor cerebral raro e com pequena possibilidade de cura, e durante os anos que se seguem Roméo e Juliette lutam com todas as forças para salvar a vida do filho. Filmes sobre doenças graves (especialmente quando envolvem bebês e crianças) costumam carregar no melodrama, mas não é o caso aqui. Pelo contrário, o resultado do trabalho de Jerémie e Valérie é um filme leve e delicado, e que possui momentos genuinamente graciosos e divertidos (a cena em que o casal confessa seus medos um para o outro possui uma bela dose de humor negro). Uma ou duas cenas são um pouco exageradas, mas nada que comprometa a qualidade do filme. Recomendo para quem gosta de um bom drama.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

CINEMA: A Dama de Ferro (The Iron Lady)



Dirigido por Phyllida Lloyd (Mamma Mia!, também estrelado por Meryl Streep), A Dama de Ferro narra a trajetória de Margaret Tratcher, que de simples filha de um comerciante tornou-se Primeira Ministra da Grã-Bretanha (por 11 anos e meio, maior duração do período de um mandato de um primeiro ministro no século XX). Alexandra Roach interpreta Tratcher na juventude e faz um bom trabalho dando vida à jovem ambiciosa que não deixaria o fato de ser mulher e de origem humilde impedi-la de alcançar seus objetivos, mas é Meryl Streep quem interpreta a primeira ministra nos seus anos de poder (decidida, rigorosa e impenetrável) e na velhice (fragilizada e quase senil). Streep pode interpretar qualquer tipo de personagem em qualquer gênero de filme, e sempre roubar a cena. Sua performance carrega o filme e nos mostra as várias facetas dessa mulher. Seria ela uma vilã ou uma revolucionária? Sua ascenção ao ministério causou mais benefícios ou desgraças á Gra-Bretanha? Por fim, o filme também mostra os anos de velhice de Margaret, uma mulher ainda determinada, mas enfraquecida, que ainda não superou por completo a perda do marido e sofre de alucinações em que ele ainda está vivo ao seu lado. Como um filme biográfico, A Dama de Ferro cumpre seu papel de não endeusar a figura de Margaret Tratcher e mostrar diferentes pontos da personalidade dessa mulher, e Meryl Streep mais uma vez agracia o público com uma performance brilhante. Streep é uma das mais fortes candidatas ao Oscar de melhor atriz em 2012, merecidamente.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CINEMA: O Artista (The Artist)



Com 6 indicações ao Globo de Ouro e 10 ao Oscar, O Artista é um dos mais bem-suscedidos filmes de 2011. É também um dos melhores. Mudo e em preto-e-branco, o filme conta a história de George Valentin (Jean Dujardin), que em 1927 é um dos maiores astros do cinema (que até então era mudo). Durante uma seção de fotos com fãs e a imprensa ele conhece Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma aspirante a atriz que começa fazendo pequenas pontas em filmes, e a conexão entre os dois é imediata. Dois anos depois, Peppy é uma estrela em ascenção, e com a chegada do cinema falado astros como George estão ultrapassados. Peppy se torna a queridinha de Hollywood enquanto George luta, em vão, para não cair no esquecimento. Todos os atores estão excelentes. O carismático Dujardin é uma combinação de Charles Chaplin com Gene Kelly (tem meu voto para Melhor Ator no Oscar), e Bejo possui o charme e a sensualidade glamourosa das divas da era de ouro de Hollywood. John Goodman está brilhante em um papel menor e Malcom McDowell faz uma pequena participação, mas é o inseparável cachorrinho de George que rouba a cena durante o filme. O Artista realmente parece um filme feito na Antiga Hollywood, e os atores incorporam em suas interpretações os maneirismos utilizados pelos astros e estrelas da época, mas sem ser caricatos. Destaque também para um delicioso número de sapateado. O Artista é, por fim, um filme cativante, e merece ser visto.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MÚSICA: Lana Del Rey - Born To Die

Lizzy Grant (nome verdadeiro de Lana) vem causando furor no cenário musical nos últimos meses. A canção Video Games a tornou conhecida na internet e logo ela já estava sendo falada em grandes publicações musicais. Ela já havia lançado um álbum como Lizzy Grant e possui várias músicas avulsas soltas pela rede, mas agora finalmente lançará, neste 27 de janeiro, seu primeiro álbum por uma grande gravadora. A música de Lana é divertida, melancólica, sensual, frívola, retrô... Lana criou uma persona inspirada nas femme fatales da era de ouro de Hollywood com um toque marginal (ela foi apelidada de Nancy Sinatra gangster) e sua voz rouca é hipnotizante. Nas performances ao vivo, Lana por vezes se mostra hesitante e desconfortável. Uma apresentação desastrosa no programa Saturday Night Live, uma das maiores audiências da TV americana, rendeu péssimas críticas e pode contribuir para manchar a sua imagem com o grande público (basta lembrar do incidente com Ashlee Simpson). Analisando vídeos de apresentações antigas, quando ela ainda era Lizzy Grant, ela parce muito mais relaxada e confortável. Outro ponto que causa controvérsia é sua imagem. Seus lábios cheios são motivos de especulação (fotos antigas mostram que eles de fato não são verdadeiros e que ela passou por cirurgias plásticas), mas isso não deve ser colocado em primeiro plano. A música de Lana Del Rey é um sopro de ar fresco, bastante diferente do que se ouve nas rádios ultimamente. Agora, finalmente, vamos focar em seu álbum Born To Die.




O álbum abre com a faixa-título Born To Die, que, pela primeira vez, ganhou um clipe de alto orçamento não dirigido/editado pela própria Lana. Ela canta que "as vezes o amor não é o suficiente e a estrada fica difícil", mas pede para que seu amado continue a fazendo rir. No fim, como a própria diz, ambos estão destinados a morrer. Em Off To The Races, Lana é apaixonada por um homem mau, durão mas de alma doce, e eles se amam profundamente. É uma música bem diferente e eu não gostei muito a princípio, mas agora já é uma das minhas favoritas. Blue Jeans conta como Lana conheceu um homem com seus jeans azuis e camisa branca, parecendo James Dean, e que fez seus olhos queimarem. "Eu vou te amar até o fim dos tempos", ela declama a seu amado, mas aparentemente ela não sentia a mesma coisa. O amado de Lana caiu na estrada em busca de sonhos de dinheiro e deixou-a sozinha. Video Games é a música que colocou o nome de Lana Del Rey no mapa. Seu tom melancólico faz com que muitas pessoas julguem a música como uma balada triste de solidão, mas Video Games é, na verdade, uma linda declaração de amor. "O Paraíso é um lugar na terra com você (...), só vale a pena viver se alguém estiver te amando...". Diet Mountain Dew já era conhecida em versão demo e ganhou uma nova versão para o álbum. É boa, mas não se destaca no álbum. National Anthem também ganhou uma nova roupagem para o álbum. Muitos fãs reclamam que preferem a demo, mas essa nova versão também é ótima. Em Dark Paradise, o amado de Lana se foi, ela teme que ele não a esteja esperando no outro lado pois ninguém se compara a ele, e a saudade a faz desejar que também estivesse morta. Radio é uma música que cresce no seu gosto, e logo você se pega com o refrão grudado na cabeça. E então temos Carmen, todos os garotos e garotas gostam dela. Já eu não gosto muito dessa música, e a substituiria facilmente. Million Dollar Man é uma bela canção em que Lana brinca um pouco com sua voz.Summertime Sadness é bela, mas Lana tem baladas melhores. A versão final de This Is What Makes Us Girls também é diferente da demo, e mais umas vez os fãs reclamam que preferem a demo. É uma música boa, mas também não de destaca em meio a outras obras de arte do álbum. A linda Without You (também conhecida como China Doll) é uma das melhores baladas de Lana. Lolita é uma das melhores músicas do CD e também uma das melhores músicas de Lana, contagiante do início ao fim. O álbum termina com Lucky Ones, que é bonita e tem um refrão cativante. Termino a audição gostando bastante do álbum. Algumas músicas não me conquistaram de cara, mas talvez precise ouvir mais vezes para me acostumar. Lana Del Rey é uma das melhores artistas a surgir nos últimos tempos, e prevejo um futuro brilhante para ela.








Algumas músicas antigas (geralmente da era Lizzy Grant), que merecem ser ouvidas. Verdadeiras preciosidades.









domingo, 22 de janeiro de 2012

Seriados que você deveria estar acompanhando - Parte I

REVENGE



Exibida pela emissora americana ABC, Revenge foi uma das melhores surpresas da fall season (temporada de estréias no outono americano) de 2011. Emily VanCamp é Amanda Clarke, seu pai foi injustamente acusado de terrorismo e agora, anos depois, ela resolve se vingar das pessoas que o prejudicaram. Disfarçada de Emily Thorne, seu principal alvo é a família Grayson, responsável por incriminá-lo quando na verdade o patriarca da família foi o culpado. Madeleine Stowe foi indicada a um Globo de Ouro por sua performance como Victoria Grayson.



RINGER



Série que marca o retorno da ótima Sarah Michelle Gellar à televisão após o fim de Buffy, A Caça Vampiros. SMG vive duas irmãs gêmeas, Bridget e Siobhan. Quando a primeira torna-se testemunha chave de um crime, ela corre ao encontro da irmã para pedir ajuda. Mas logo após a chegada de Bridget, Siobhan desaparece. Acreditando que a irmã se suicidou, Bridget assume seu lugar, mas não imagina que a irmã também guardava segredos obscuros.



COMMUNITY



Essa série engraçadíssima mostra o cotidiano de um grupo de alunos de uma faculdade comunitária. O humor ácido e as constantes referências à cultura pop dão o diferencial dessa excelente comédia. Para desespero dos fãs, Community está atualmente em hiato e o restante dos episódios da terceira temporada devem ser exibidos em algum momento em 2012.



THE SECRET CIRCLE



Drama sobrenatural que envolve seis jovens que possuem poderes mágicos, e devem aprender a lidar com eles, escondê-los de adultos gananciosos e se proteger dos caçadores de bruxas que desejam matá-los. Do elenco jovem, Phoebe Tonkin se destaca como a malvadinha Faye.



PAN AM



Ambientada na década de 60, mostra a rotina dos funcionários das linhas aéreas Pan Am, em uma época em que voar era uma experiência glamourosa e elitista. No começo um pouco parada, as tramas da série logo se mostram bastante interessantes, e o elenco conta com a excelente Christina Ricci.



MISFITS



Excelente série britânica que, com muita irreverência, mostra como a vida de um grupo de jovens condenados a prestar serviço comunitário muda quando eles são atingidos por uma tempestade que lhes confere super-poderes. A quarta temporada da série irá ao ar no fim de 2012.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Cantores e bandas que você talvez não conheça, mas devia - Parte II

Segunda parte. Mais artistas que infelizmente não são tão conhecidos aqui no Brasil.

Namie Amuro



Gênero: J-Pop.

Namie Amuro é uma das cantoras mais populares do Japão, até mesmo recebendo o título de "Rainha do Pop japonês". Na ativa há mais de 15 anos, a excelente cantora e dançarina ainda é uma das artistas mais prestigiadas e bem-suscedidas de seu país. Namie começou como cantora pop, depois evoluiu para uma sonoridade R&B mais sensual e se encontrou na dance music, estilo que predomina em seus trabalhos mais recentes.









U;Nee



Gênero: K-pop.

U;Nee foi uma cantora pop sul-coreana. Iniciou sua carreira fazendo música pop dance, mas a partir de seu segundo álbum sua gravadora decidiu tornar sua imagem mais sexy, incluindo aí a sonoridade que passou a ser mais R&B. Sob pressão da gravadora, U;Nee aumentou os seios com próteses de silicone e também fez plásticas no nariz e no queixo. Uma garota tímida e discreta, a imagem que a gravadora vendia de U;Nee a deixava bastante infeliz. Ela sofria de depressão, e a pressão da fama e outros problemas pessoais a levaram ao suicídio em 2007. com apenas 25 anos, U;Nee foi encontrada morta por sua mãe em casa, ela havia se enforcado. O terceiro e último álbum de U;Nee, Habit, foi lançado postumamente.

O vídeo de Call Call Call, a canção que marcou a transição de sua imagem para uma cantora sexy.









R.I.P. U;Nee. Descanse em paz.

Adam Lambert



Gênero: Pop, Rock.

Adam Lambert transformou-se em uma estrela ao concorrer na oitava temporada do reality show American Idol. Apesar de ter ficado em segundo lugar, ele imediatamente iniciou uma carreira de bastante sucesso. Gay assumido, ele causou bastante controvérsia ao fazer uma performance sensual em uma premiação americana, inclusive beijando um dos membros de sua banda. Mas as atitudes polêmicas não devem apagar o fato de que Adam é um cantor talentoso e com um grande futuro. Seu primeiro álbum, For Your Entertainment, conta com músicas escritas por P!nk e Lady GaGa. Em 2012 ele lançará seu segundo álbum, Tresspassing.









Khia



Gênero: Rap.

Talvez a artista mais controversa dessa lista. Khia despontou em 2002 com My Neck My Back (Lick It), uma canção bastante explícita e sexual. Desde então ela lançou ao todo três álbums (Thug Misses, Gangstress e Nasti Muzik), mas não emplacou mais nenhum sucesso. Também conhecida pelas polêmicas, já foi presa mais de 20 vezes e vive falando mal de algum artista. Atualmente ela prepara seu novo álbum, Motormouf AKA Khia Shamone, disco duplo com um lado rap e outro lado mais R&B, em que ela vai cantar! Baixarias à parte, Khia é uma rapper e cantora talentosa, que escreve e produz suas próprias músicas.



Khia mostrando que realmente pode cantar, apresentando duas canções de seu álbum Nasti Muzik:





Khia lançou na internet dois vlogs (video blogs), basicamente dedicados a falar mal de outros artistas. São hilários, mas só pra quem entende inglês:





O que nos leva a...

Trina



Gênero: Rap.

A rapper Trina é uma grande rival de Khia (as duas vivem trocando insultos em suas músicas). Ambas têm seus méritos, e as músicas sexualmente explícitas de Trina também são bastante divertidas, apesar de sua voz anasalada ter me irritar a início.









Aaliyah



Gênero: R&B, Hip Hop.

Aaliyah, mais um talento que nos deixou cedo demais. Desde criança Aaliyah mostrou um grande talento para o canto e a dança e assinou um contrato com a gravadora Blackground Records aos 12 anos. Aaliyah também era atriz e recebeu boas críticas por sua atuação no filme de ação Romeu Decide Morrer. Infelizmente, uma tragédia tirou sua vida em agosto de 2001, quando o avião em que ela e parte de sua equipe estava desabou, matando a todos. Em sua breve carreira, Aaliyah lançou apenas três álbums, mas marcou para sempre os fãs da black music.









quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cantores e bandas que você talvez não conheça, mas devia - Parte I

Vou falar aqui de vários artistas que gosto muito mas não são tão conhecidos no Brasil. Claro que alguns deles possuem vários fãs aqui, mas ainda tem muita gente que ainda não os conhece, pois eles não são tão mainstream e não estão nos primeiros lugares das paradas das rádios.

THE PRETTY RECKLESS



Gênero: Rock alternativo.

A banda The Pretty Reckless foi formada em 2009 por Taylor Momsen (ela é mais conhecida por ter interpretado a Jenny na série Gossip Girl). Atores em geral sofrem preconceito quando resolvem fazer a transição para a música, mas Taylor e os músicos da banda (Ben Phillips, Mark Damon e Jamie Perkins) são realmente talentosos e seu álbum de estréia, Light Me Up, lançado em 2010, é realmente bom.









The Pretty Reckless fará três show no Brasil em agosto de 2012 no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba.

Ameriie



Gênero: R&B, Hip-Hop, Soul.

Ameriie (que antes era Amerie mas adicionou um "I" no nome artístico para ficar mais exótico), é uma cantora muito talentosa e, infelizmente, muito desvalorizada. Seu primeiro álbum, All I Have (2002), era calcado na soul music, mas em seus três álbuns seguintes, Touch (2005), Because I Love It (2007) e In Love & War (2009) ela adicionou batidas sensuais e vibrantes do R&B e Hip Hop sem que estas apagassem sua belíssima voz. Infelizmente Ameriie não alcançou grande sucesso comercial, seu maior hit é 1 Thing (do álbum Touch), que foi indicado a um Grammy.









Curiosidade: a música Take Control possui um sample de Jimmy, Renda-se do brasileiro Tom Zé.
Em 2012 Ameriie lançará seu quinto álbum, Cymatika Vol. 1.

Nicola Roberts



Gênero: Electropop, pop.

Integrante da girl band britânica Girls Aloud, Nicola lançou em 2011 seu primeiro álbum solo, Cinderella's Eyes, que, embora não tenha sido um grande sucesso comercial, foi extremamente bem recebido por críticos e fãs. Repleto de batidas dançantes, músicas mais lentas e letras confessionais, o destaque do álbum é sticks + stones (em letra minúscula mesmo), uma balada em que Nicola fala sobre o bullying que sofreu durante sua carreira. Com seu cabelo ruivo e nariz incomum, Nicola era injustamente chamada de "a garota feia das Girls Aloud".









Dana Fuchs



Gênero: Rock, Soul, Blues.

Dana Fuchs é mais conhecida por ter interpretado Sadie no filme musical Across The Universe. Sadie foi inspirada em Janis Joplin, e a voz poderosa de Dana combinada a sua presença de palco selvagem nas apresentações com sua The Dana Fuchs Band lembram bastante a falecida cantora.







Sophie Ellis-Bextor



Gênero: Electropop.

Você provavelmente já ouviu alguma música dela na balada. As músicas dançantes provavelmente não seriam tão cativantes sem a voz sensual e o sotaque delicioso de Sophie Ellis-Bextor, que também é um ícone fashion com seu visual de boneca de porcelana e roupas estilosas.







Rob Zombie



Gênero: Heavy Metal.

Fundador da banda de heavy metal White Zombie, Rob Zombie também recebeu prestígio com sua carreira solo. Ele também é diretor e roteirista e atualmente está trabalhando no filme The Lords of Salem, atualmente em pós-produção.







Lil' Kim



Gênero: Rap, Hip-Hop.

Descoberta pelo falecido Notorious B.I.G., Lil' Kim alcançou sucesso imediato com seu álbum de estréia, Hard Core (1996). Durante o curso de sua carreira ela recebeu diversos prêmios, colaborou com artistas importantes (incluindo Christina Aguilera, Mya e P!nk na canção Lady Marmalade, da trilha sonora de Moulin Rouge!) e foi nomeada uma das melhores rappers femininas por publicações de prestígio como a Rolling Stone. Atualmente Kim não está mais tão em evidência, mas continua na ativa e deve lançar seu esperado novo álbum em 2012.









Emilie Autumn



Gênero: Rock Industrial, Eletrônica.

Emilie Autumn é cantora, compositora, musicista, escritora e poeta. Suas músicas misturam o rock industrial com música eletrônica, música clássica e elementos de cabaré e burlesco. É uma artista bastante original e talentosa, e cheia de personalidade.









Fiona Apple



Gênero: Soul, Rock.

Fiona Apple é uma cantora, compositora e pianista bastante prestigiada e vencedora de vários prêmios. O motivo de ela estar nessa lista é que entre meus amigos quase ninguém a conhece, e ela é uma artista que merece ser conhecida e apreciada. Suas músicas que misturam elementos de soul, rock e jazz são bastante pessoais e algumas, como Sullen Girl (que fala do estupro que Fiona sofreu aos 12 anos), são especialmente belas e ao mesmo tempo tristes. Seus três álbums: Tidal (1996), When The Pawn (1999) e Extraordinary Machine (2005, álbum que deu o nome a este blog), lhe renderam vários prêmios, prestígio e adoração dos fãs e críticos musicais. Fiona prepara um novo álbum que deve ser lançado em 2012.







quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Filmes que você não conhece, mas devia - Parte III

Martyrs - 2008



15 anos depois de escapar de um cativeiro aonde fora aprosionada e torturada, Lucie finalmente consegue rastrear as pessoas que fizeram aquilo com ela. Ela resolve se vingar, mas as consequências serão terríveis para ela e para sua melhor amiga Anna. Esse filme francês/canadense é bastante original, a trama é muito mais densa do que uma simples vingança. O filme é bastante violento, as sanguinolentas torturas podem ser comparadas aos filmes da saga O Albergue, mas em Martyrs o público realmente sente compaixão pelas vítimas. Nos Estados Unidos, um remake já está sendo planejado. Além de refazer todo o filme simplesmente porque os americanos são muito preguiçosos pra ler legendas (mesmo caso de Deixe Ela Entrar), o remake americano terá um final mais "esperançoso". Podem esperar mais um lixo das mesmas pessoas que querem ganhar dinheiro fácil mas não têm criatividade para bolar idéias originais.



The Poughkeepsie Tapes - 2007



Policiais encontram mais de 800 fitas que mostram os horripilantes crimes de um serial killer, e então partem em sua caçada. Mais um filme de terror que utilizada técnica das "filmagens amadoras encontradas" que se tornou famosa com A Bruxa de Blair. A diferença é que, ao contrário da maioria dos filmes desse tipo, The Poughkeepsie Tapes é realmente assustador.



Lady Snowblood - 1973



O filme que inspirou a excelente saga Kill Bill de Tarantino. Uma mulher conhecida como Lady Snowblood (Meiko Kaji), parte em busca de vingança contra as pessoas que assassinaram seus pais. Ela nasceu em uma penitenciária onde sua mãe, pouco antes de morrer, selou seu destino: ela deveria vingar sua família. Além da temática da mulher vingativa, Tarantino também "pegou emprestada" a belíssima canção The Flower of Carnage, interpretada pela protagonista do filme Meiko Kaji.





Meu trecho favorito dessa canção, seguido da tradução:

"I'm a woman who walks at the brink of life and death
Who's emptied my tears many moons ago.
All the compassion tears and dreams
The snowy nights and tomorrow hold no meaning
I've immersed my body in the river of venegance
And thrown away my womanhood many moons ago"

(Eu sou uma mulher que caminha no limite entre a vida e a morte
Que secou suas lágrimas há muito tempo atrás
Toda a compaixão, lágrimas e sonhos
As noites de neve e o amanhã não têm nenhum significado
Eu imergi meu corpo no rio da vingança
E joguei fora minha feminilidade há muito tempo atrás)

The Haunted World of El Superbeasto - 2009



Esse filme de animação que mistura terror e comédia foi dirigido por Rob Zombie, baseado nos personagens criados por ele. El Superbeasto (um diretor de filmes eróticos e super herói) e sua irmã Suzi-X precisam salvar o mundo do cruel Dr Satan. O plano de Dr. Satan para dominar o universo é se casar com a stripper Velvet Von Black (voz de Rosario Dawson), que possui a marca do demônio em seu corpo. É um filme hilariante.



Pink Flamingos - 1972



Pink Flamingos é uma comédia de humor negro de John Walters (que escreveu, editou, compôs e dirigiu o filme) considerada um filme cult. A drag queen Divine (interpretada pela(o) própria(o) Divine) é famosa por ser "a pessoa mais suja ainda viva". Ela vive tranquilamente com sua família desequilibrada utilizando o codinome de Babs Johnson até que o casal Marble (que sequestra jovens mulheres, as engravida e depois vende os bebês para casais de lésbicas) resolve contestar o título. Inicia-se uma verdadeira guerra para decidir-se quem são afinal as pessoas mais sujas, pérfidas e cruéis, mas Divine não pretende entregar sua coroa de mão beijada. É um filme bastante controverso que não deve ser visto por pessoas com estômago fraco, Pink Flamingos é uma experiência bizarra e hilariante.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CINEMA: Inquietos (Restless)



Inquietos, dirigido por Gus Van Sant e escrito por Jason Lew, é um filme sobre a Morte. "Morte" com letra maiúscula mesmo pois, mais do que uma simples fatalidade, a Morte é um dos personagens principais desse filme. Enoch (Henry Hopper) é um garoto diferente. Após a morte dos pais em um acidente de carro, ele passa a frequentar funerais de pessoas que ele não conhece e conversar com o fantasma de um kamikaze, Hiroshi (Ryo Kase). Então ele conhece Annabel (Mia Wasikowska), uma doente terminal que só tem três meses de vida. Os dois iniciam uma amizade que logo se transforma em romance, a Morte sempre rondando (eles "conversam" com os pais de Enoch no cemitério e se divertem invadindo o necrotério e tentando adivinhar quem são aquelas pessoas e como elas morreram). O filme é visualmente bonito (especialmente a cena do desenho de giz no chão), a questão da doença de Annabel é tratada com delicadeza, sem melodrama. As atuações são excelentes, especialmente a de Mia Wasikowska (mais conhecida pelos filmes Alice No País das Maravilhas e Minhas Mães e Meu Pai), que dá vida ao filme.